Na atual sociedade, vive-se uma difusão de informações, das mais valiosas até as menos importantes possíveis. Somos consumidores vorazes de informações e que passam efêmeras por nossas percepções e que indicam uma falta de vivência em relação aos processos. Tudo é apenas informação.
Quando a informação nos é dada como um dado pronto, ainda mais na escola, parte-se do princípio de quem sabe a informação e quem ainda não a conhece, ou seja, educacionalmente, os saberes cabem aos professores e o não saber é do aluno (o “sem luz”). A este processo Paulo Freire denominou educação “bancária”, pois o aluno é o depósito dos saberes de outro, o professor.
Por outro lado, quando se imagina poder construir estes saberes juntos, lado a lado, professor/aluno, aluno/professor, aluno/aluno, têm-se outra perspectiva. O professor deixa de ser o centro disparador e o aluno o alvo deste saber. Estas práticas estão difundidas dentro da escola atual, mas ainda de maneira incipiente. Muitos dos docentes ainda carregam consigo a carga de posição intocável de “disseminador” de saberes em detrimento aos alunos ditos “burros”, “ignorantes”, “sem cultura”, e outras denominações que podem ser resumidas em seres que “não têm o conhecimento” e que este conhecimento tem que ser levado até eles.
Em aula, procurei uma forma de valorizar o que os alunos trazem de bagagem consigo e fazer uma produção embasada nestas bagagens. Como? Trabalhei uma forma de fazer o aluno produzir sua própria informação, disseminando-a por meio de carimbos de EVA e dando ênfase na reprodutibilidade e da repetição. Não apenas eles serão sujeitos de desenvolver um suporte de reprodução (gravura) como também terão a oportunidade de discutir textos e trabalhos de artistas que têm esta intenção, ou seja, passar uma idéia por meios gráficos.
materiais necessários para o carimbo
• uma folha de EVA A4 de 5mm para cima de espessura (quando mais espesso melhor)
• um taco de madeira: dependendo do tamanho do carimbo desejado
• cola de superfície (cascola), tenaz ou cola de EVA (é boa mas demora um pouco mais para secar)
• estilete/tesoura
• Tinta tiográfica (se possível) ou tinta acrílica (cuidado, seca rápido!!!)
• Papel/tecido
• Espátula
• Superfície lisa e pouco absorvente para entintar (vidro, pedra lisa, etc.)
• Rolinhos para entintar (pode ser aqueles bem baratinhos das lojas de bugigangas importadas)
• Avental
• Paninhos para limpeza constante
passo 1
Escolher a figura desejada que vai transformar-se em carimbo. Na verdade você é que vai transformar!!! É muito importante notar que o desenho tem que se ao contrário pois o carimbo é um espelho, este é o princíio do espelhamento como ocorre normalmente na gravura. O carimbo aliás, é uma forma de gravura. a seguir um exemplo deste espelhamento:
Note que a luna fez dois carimbos em um taco apenas. Na próxima figura a carimbada fica evidente ao contrário:
Aqui mostro o desenho que escolhi já carimbado:
Note que a luna fez dois carimbos em um taco apenas. Na próxima figura a carimbada fica evidente ao contrário:
Aqui mostro o desenho que escolhi já carimbado:
passo 4
passo 5
passo 7
Passar sobre a superfície lisa, o rolinho para captutar a tinta que vai no carimbo. Passe para frente, levantando o rolinho e começando a rolar novamente para frente e levantando, depois passe da direita para a esquerda levantando e começando da direita de novo. Isto é necessário pois assim a tinta ficará uniforme no rolinho
veja o passo 8
veja o passo 8
passo 8
passo 9
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